Exposições temporárias

“O Corpo na Linha de Borda” 

Espaço Marilene Bertonchelli – Térreo

 

A exposição “O Corpo na Linha de Borda” coloca o ser humano no centro da criação, entendendo-o como um espaço de transformação e de resistência. As obras são baseadas em práticas têxteis e articulam diversas linguagens para propor reflexões sobre as fronteiras que ao mesmo tempo separam e conectam os indivíduos, construindo uma relação intimista entre artista e público. Com foco no prazer, no silêncio, na dor, no cansaço, a exposição convida o público a viver o corpo como parte de um processo coletivo e contínuo de criação.

 

Artistas: Ana Beatriz Artigas, Bernardete Amorim, Claudia Lara, Efigênia Rolim, Giovana Casagrande, Gustavo Caboco, Leila Alberti, Luan Valloto, Lucilene Wapichana, Marília Diaz, Rafael Codognoto e Verônica Filipak.

   

   

Fotografias: Thiéle Elissa

 


 

“O que virá depois?”

Espaço Maria Lídia Magliani – 5° andar

 

Com obras de Armarinhos Teixeira e Nara Guichon, artistas que trazem em suas trajetórias um comprometimento com a ecologia, o reaproveitamento de materiais e a investigação crítica sobre o papel humano no ciclo da vida, a exposição propõe novos horizontes possíveis para essa era pós-crescimento. Nesse cenário, a arte deixa de ser reflexo: torna-se ferramenta, linguagem e semente. A mostra, idealizada por Maria Fernanda de Lima Santin e realizada em parceria com a Galeria Clima, propõe um mergulho sensível nas possibilidades de regeneração do planeta por meio da arte, em um contexto em que os modelos produtivos vigentes já não se sustentam.

 

Artistas

Referência no campo da bioarte, Armarinhos Teixeira investiga, por meio de sua obra, os processos da biologia evolutiva – refletindo sobre adaptação, diversidade e transformação diante das mudanças ambientais. Seu trabalho combina arte, ciência e tecnologia para pensar o início de uma nova era na relação entre humanidade e meio ambiente.

Já a artista têxtil, designer e ambientalista Nara Guichon, recentemente consagrada no Prêmio Pipa 2024, utiliza saberes tradicionais como tricô, crochê e bordado para criar esculturas a partir de redes de pesca descartadas. Suas criações evocam a natureza e alertam para a urgência de ações sustentáveis, sendo reconhecida no Brasil e no exterior por seu trabalho com moda e design ecológicos.

 

   

   

Fotografias: Thiéle Elissa

 


 

“Manto”

Sala Radamés Gnatalli e espaço anexo – 4° andar

 

A exposição “Manto” é uma mostra individual da artista visual e fotógrafa Cristine de Bem e Canto, com curadoria de Maria Helena Bernardes que reúne obras que integram uma investigação contínua de Cristine sobre a relação entre corpo e paisagem. As imagens e textos partem da observação da natureza, abordada como experiência subjetiva e indissociável do olhar de quem observa. A proposta é borrar os limites entre o que é visto e quem vê, criando uma conexão direta entre o ambiente natural e o universo interno.

Também será apresentada uma instalação imersiva que surgiu após uma visita da artista, em 2024, à reserva técnica do Museu Bispo do Rosário, no Rio de Janeiro. Um conjunto de fotografias, um vídeo e um objeto compõem esse núcleo como uma proposta de reflexão sobre repetição, confinamento e fluxo de afetos.

 

Artista e curadora

Cristine de Bem e Canto é artista visual dedicada à fotografia e vídeo. Mestrado ECA-USP/ 2003. Selecionada no 50° Festival de cinema de Gramado/ RS (2022). Contemplada no XVI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2021). Entre suas exposições: Sympoiesis/ SVA Bio Art/ NY (2019), Festival Internacional de Linguagem Eletrônica-FILE/SESI/SP (2009), 7º Salão Internacional de Arte Digital-Havana/ Cuba (2004).

Maria Helena Bernardes é artista visual, escritora e professora de História da Arte. Seus livros, ensaios e crônicas giram em torno de experiências artísticas, narrativas orais, reflexões sobre a arte e ações em arte contemporânea compartilhadas com outros autores.

 

   

Foto: Cristine de Bem e Canto